quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sou sensível


Ser sensível é uma propriedade, é também um estado de alma, é de igual forma incontornável como um paradigma de vida.É abandonar um eu auto-centrado, experienciar no máximo das possibilidades o ser do outro. Viver as suas preocupações, partilhar das suas tristezas sem enfado e das suas alegrias como se das nossas se tratassem. É saber escutar, retorquir em palavras nobres que não o sejam apenas da boca para fora: acima de tudo o mais verdadeiramente verdadeiras. É sussurrar ao ouvido palavras amigas e doces que acalmam, que amainam o espírito e reconfortam. É um olhar que, com esse intuito, denuncia reciprocidade, uma fusão de almas numa sintonia de cumplicidade.É ser complacente, pois se nem sempre nós estamos de bons humores não podemos exigir o contrário dos restantes; e ver os restantes, amigos/as ou mais que isso, como um complemento nosso – que na verdade não somos sozinhos.

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