quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Dize pra mim quem sou,que ao simples bailar no salão trago costurados em meus vestidos: amores, perjuros,
juramentos juízos!.De uma noite linda e violeta.Da cor do batom selado em meus lábios, de doce menina inocente, cobiçada, amada e perdidade corações em disparates.
Eu Colombina...
Que faço promessas a mim mesma de nunca ter só um coração ao meu alcance quero todos, e ao mesmo tempo nada quero.
Pois ter é sinal de cobiça e não ter é sinal de ignorância.
Dize pra mim quem sou pois eu mesma já não sei.E se sei, nem a mim tenho audácia de revelar.
Certeza só tenho de algo que o meu desfilar no salão mascarado é como deixar todo o espaço inebriado de um perfume feminino que não só domina o olfato,domina a alma,domina o corpo,domina os lábios e o peito,domina os cinco sentidos,e até o sexto se acaso tiver.
Sou jovem condenada ao acaso de lambuzar os sonhos meninos de desejo,de luxuria,de romantismo.
Depende dos olhos que me vigiam.Para uns, sou a borboleta selvagem em busca da mais linda e cobiçada Dama da Noite.
Para outros, sou a lua espelhada no riacho,linda, prateada, e ingênua,mas impossível de ser tocada.
Eu por mim só, sou a Colombina, a dama que vagueia este salão populoso.Em uma noite de esperanças, a espera de um coração verdadeiro que não seja muito triste e nem assim muito fogoso.

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