segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A menina dos seus olhos.

Ele se pegou pensando no que diria
Olhou o relógio e não viu quanto tempo passara
Tentou respirar para se acalmar
Ele então fechou os olhos

E imagem dela se fez presente
A cena foi sendo montada
Figurantes, cheiro, noite.
E ele abriu os olhos
E se viu sozinho, o silêncio...
Este sim se fez presente.
Ele pensou em ligar e ligou

Pensou em dizer e disse
Pensou em amar...
E voltou a pensar...
E ele a viu tão feliz que não estragou

Não teve cíume nem medo
Não quis cobrar nada
Nem um abraço...
E ele se prepara para o chá

Coloca apenas uma xícara na mesa
Sabe que ela não vem...
Sabe que sua vida é um circo
Sabe de tanto mas apenas vive
Guarda aquilo não se sabe pra que...
Talvez vire música, talvez palavras
Quem sabe ele guarde para outro amor
Ou não consiga se livrar
E ele tenta não se apegar
Entendeu a razão do vento
Pensou em chorar e desistiu.
Hoje ele vê que algumas coisas
Já nascem mortas
Que alguns sonhos, são pra ser sonhados
E lamenta por que tem medo do amanhã.
Mas ainda sabe que ela continuará ali
Paralela...
Mas quem sabe no infinito...


*Ben-Hur

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