domingo, 3 de maio de 2009

Eu,



Dize pra mim quem sou,

Que ao simples bailar no salão trago costurados em meus vestidos: amores, perjuros,
juramentos,juízos!.De uma noite linda e violeta.Da cor do batom selado em meus lábios, de doce menina inocente, cobiçada, amada e perdidade corações em disparates.
Eu Colombina...
Que faço promessas a mim mesma,De nunca ter só um coração ao meu alcance quero todos, e ao mesmo tempo nada quero.
Pois ter é sinal de cobiça e não ter é sinal de ignorância.
Dize pra mim quem sou

Pois eu mesma já não sei.E se sei, nem a mim tenho audácia de revelar.
Certeza só tenho de algo,Que o meu desfilar no salão mascarado,É como deixar todo o espaço inebriadode um perfume feminino que não só domina o olfato ,domina a alma,domina o corpo,domina os lábios e o peito,domina os cinco sentidos.E até o sexto se acaso tiver.
Sou jovem condenada ao acaso,De lambuzar os sonhos meninos de desejo de luxuria de romantismo.
Depende dos olhos que me vigiam.Para uns, sou a borboleta selvagem em busca da mais linda e cobiçada Dama da Noite.
Para outros, sou a lua espelhada no riacho linda, prateada, e ingênua Mas impossível de ser tocada.
Eu por mim só, sou a Colombina, a dama que vagueia este salão populoso.Em uma noite de esperanças, a espera de um coração verdadeiro que não seja muito triste nem assim muito fogoso.

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