terça-feira, 12 de agosto de 2008

Dias difíceis


Eu, que sou alegre,
E que é raro que quebre,
Hoje sinto-me perdido,
Parece que fui mordido!
Foi uma cobra terrível,
Que é quase invencível,
Cujo veneno se espalhou,
E já nem sei quem sou!
Perdi a minha identidade,
Apesar de já ter idade,
De saber quem sou,
E para onde vou.
Existem alturas na vida,
Em que ela nos castiga,
Parece nos querer testar,
Ver se conseguimos lutar.
Estou a ser penalizado,
Por não me ter adaptado
A esta nossa sociedade
De altíssima velocidade.
Onde se perdem os valores,
Limitando-nos a ser actores,
Ignorando os sentimentos,
Optando pelo fingimento.
Nada está perdido,
Apesar de estar ferido!
Amanhã é um novo dia,
Vou continuar a travessia.
Procurar o antídoto milagroso,
Pois eu mostro ser corajoso,
E sei onde o devo procurar,
Mas...
quando o vou encontrar?

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