domingo, 16 de novembro de 2008

...

Gosto de vidro e de corte,
com sabor de chocolate.
Nada para contar.
Tudo nas mesas dos bares.
Nada de flores.
Sem arrudas.
Na mão direita, a faca amolada.
O corpo todo tomado.
Sem retorno.
Sem ilusões.
Não há mentiras.
Depois é querer a quem quiser.
A fila é imensa...
Resta a memória.
Única arma.
A fome continua.
A boca está sedenta.
Milagres?
Explosões?
Existiram nos velhos tempos.
Hoje nos espelhos dos televisores.
Recolhe peixes, dá a quem merece dar.
O resto é dor e solidão- nome de rua.
A história é de guerreiro:
O dia vai
O dia vem.
Todo filho seu
Seguindo só passos.
Não veio numa estrela
Que o espera
Num cantinho e na morte.

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